segunda-feira, 28 de março de 2011

Linha verde sofre com superlotação

Rapidinhas

Saiu no jornal O Estado de São Paulo ontem: A última linha de metrô de São Paulo que ainda transportava seus passageiros de maneira decente sofre agora com a superlotação. Segundo a reportagem, a Linha 2- Verde já tem 6,5 passageiros de pé por metro quadrado em horário de pico, superando o nível máximo de desconforto adotado internacionalmente, de 6. A Linha 3 - Vermelha já apresenta, em alguns momentos, demanda superior a 10 pessoas por metro quadrado. Sardinha em lata mesmo.
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Foi inaugurada hoje a Estação Butantã, da Linha 4 - Amarela. A nova estação está localizada na Avenida Vital Brasil, esquina com a Rua Pirajussara, na zona oeste da capital paulista e funcionará, inicialmente, das 8 às 15 horas, de segunda a sexta-feira, incluindo feriados.
O metrô informa que o horário de funcionamento das estações da Linha 4 - Amarela deverão ser ampliados após a abertura da estação Pinheiros, prevista para ocorrer ainda este semestre.

sexta-feira, 25 de março de 2011

A borracha. Ou a chupeta.

Saí do trabalho para ir a uma consulta e a minha única alternativa era pegar um ônibus. Ainda no ponto, estava quase dormindo em pé, tamanho meu sono! Por sorte, o busão estava vazio e acabei sentando na frente mesmo. Cochilei naquelas ‘cadeirinhas solitárias’, sabe? Infelizmente, encostei a cabeça meio de lado no vidro (onde SEMPRE tem uma mancha de óleo de alguém que não lava o cabelo).

Agora, imaginem a cena: Como todo mundo que dorme no busão, acabei abrindo a boca. O problema é que tinha presas de vampiro na época (ridículo) e, para aliviar a mordida (disse que estava com muito sono), acomodei minha presa em uma borracha que tinha na bolsa (é, borracha de usar na escola)! Aquilo estava confortável demais, parecia estar dormindo na minha própria cama.

Mas quando acordei, me dei conta de como estava minha boca! Algumas pessoas estavam me olhando com tanto nojo que parecia que eu tinha acabado de comer uma barata... MORRI de vergonha. Fiquei uma semana imaginando qual tinha sido o trajeto daquela borracha que praticamente usei como chupeta.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Pessoas de Busão

Todo mundo que anda de ônibus tem uma história de vida. Às vezes engraçada, triste ou até mesmo encorajadora.
Hoje, damos início à coluna “Pessoas de Busão”. Funcionará assim: vamos escrever o perfil das pessoas que encontramos durante nosso trajeto no transporte público com base no que elas nos contam. Sem perguntas específicas e, por isso, as informações não são precisas. Antes de descer do ônibus/metrô/trem, pedimos autorização para publicar a história. A de hoje é linda!

Jô esperou que os dois filhos crescessem para ir estudar. Há três anos, entrou na faculdade de Direito e acredita que não poderia ser mais apaixonada pela profissão. Ela espera que os dois anos restantes passem bem lentamente, pois quer aproveitar cada momento de aprendizado.
Há pouco tempo, o filho mais novo começou a vomitar esporadicamente. Foi ao médico e fez exames específicos que não deram em nada. Os vômitos começaram a ficar mais freqüentes e ele começou a perder peso. Passaram por dezenas de médicos e Jô já não sabia mais o que fazer.
Um dia, perguntou para um médico se ele poderia solicitar uma ressonância magnética (as opções estavam ficando escassas). No dia do exame, o técnico a chamou de canto e disse que ela precisava correr. Explicou que o emprego dele estaria em risco por conta das informações que lhe passaria, mas sua experiência dizia que era o mais acertado a se fazer. O menino estava com um tumor muito grande no cérebro e corria risco de morte.
Jô, como toda mãe, não teve muito tempo para digerir a notícia. No caminho para casa, aos prantos, foi questionada pelo filho sobre o porquê daquelas lágrimas: Estou preocupada, pois ninguém sabe dizer o que você tem – foi o que ela se limitou a dizer.
O tumor foi confirmado e ele foi internado e operado às pressas. Durante as muitas horas de cirurgia, a médica vinha dizer os estágios da retirada e alertava Jô sobre as possíveis seqüelas: ele pode ficar cego, ele pode não andar ou falar, ele pode perder os movimentos.
Jô ficou forte para dar todo apoio possível para o filho, que ficou um tempo considerável no hospital. A filha mais velha – também estudante de direito – a ajudava em tudo. Fazia comida, mercado e insistia para que a mãe descansasse um pouco da rotina que levava no hospital. Mas Jô não abandonou o posto por nenhum motivo.
O filho ficou com seqüelas e perdeu os movimentos de um lado do corpo. Anda de cadeiras de roda e está reaprendendo a falar. A casa deve de receber adaptações. Mas a família só se fortaleceu.
Mesmo com todos os problemas, o filho de Jô está cursando a universidade e está prestes a conseguir seu primeiro emprego. Como ela conseguiu superar todas essas dificuldades? “Sempre tento ver a vida como a água. Se ela encontra uma pedra, pode ficar parada durante um tempo. Mas ela sempre encontra uma maneira de contorná-la e seguir seu caminho”